Quem sofre de dor de cabeça sabe quem nem sempre elas são iguais e se manifestam pelo mesmos motivos. Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, 13 milhões de brasileiros reclamam desse tipo de dor ao menos 15 dias por mês, em todo o mundo, 40% das pessoas sofrem pelo menos de uma dor aguda de cabeça por ano.

As mulheres são as que mais apresentam a enxaqueca, são 80%, enquanto os homens representam apenas 20% desse público.

Embora as enxaquecas possam começar em qualquer idade, elas geralmente começam na puberdade ou na idade adulta. Para a maioria das pessoas, as enxaquecas ocorrem periodicamente (menos de 15 dias por mês). Após os 50 anos de idade, frequentemente as cefaleias tornam-se significativamente menos intensas ou param completamente. As enxaquecas são três vezes mais comuns entre as mulheres. Nos Estados Unidos, cerca de 18% das mulheres e 6% dos homens têm uma enxaqueca em alguma ocasião por ano.

Enxaquecas podem tornar-se crônicas. Isto é, podem ocorrer durante 15 dias ou mais por mês. Enxaquecas crônicas desenvolvem-se mais frequentemente em pessoas que usam excessivamente drogas para tratar enxaquecas.

Enxaquecas tendem a ocorrer em famílias. Mais de metade das pessoas que sofrem de enxaquecas tem familiares também afetados.

Tipos de enxaqueca

Enxaqueca com aura

A enxaqueca com aura gera uma série de alterações sensoriais e visuais, como pontos pretos na visão, sensações de ziguezague, formigueiro em algum lado do corpo ou incapacidade de falar com clareza. Geralmente, esses sinais precedem a dor de cabeça, cujas crises podem durar entre 10 a 30 minutos.

Enxaqueca sem aura

Também conhecida por enxaqueca comum, é muito difícil de ser diagnosticada por englobar sintomas muito parecidos com outros tipos de enxaqueca, como:

– Dor pulsátil ou latejante na cabeça;

– Fotofobia;

– Fonofobia;

– Náuseas;

– Vómitos.

Este tipo de enxaqueca caracteriza-se pela ausência de aura antes do surgimento da dor.

Enxaqueca sem dor de cabeça

É conhecida também como enxaqueca silenciosa, visto que a cefaleia não se manifesta. Apesar disso, há outros tipos de sintomas, como aura, distúrbios visuais, náusea e outros.

Enxaqueca hemiplégica

Esta variante assemelha-se a um derrame na medida em que provoca sensações como fraqueza, perda de sensibilidade e a impressão de estar a receber alfinetadas no corpo. Nem sempre há dor de cabeça , mas, caso surja, pode durar entre algumas horas a dias.

Enxaqueca retiniana

Causa perda de visão temporária num dos olhos, com duração de um minuto a vários meses. É mais comum em mulheres e durante o período fértil. Quem sofre deste tipo de enxaqueca deve procurar de imediato um especialista, pois pode resultar complicações mais severas.

Enxaqueca crônica

Pessoas que têm esta enxaqueca costumam sofrer de dores de cabeça intensas por, pelo menos, 15 dias por mês. Muitos doentes usam durante esse período medicamentos para o alívio do desconforto, o que pode por sua vez aumentar a intensidade da dor e torná-la ainda mais frequente.

Dor de cabeça não é enxaqueca

É importante explicar que, mesmo com a confusão de conceitos, dor de cabeça é bem diferente de enxaqueca. Enquanto uma é uma dor concentrada apenas na cabeça ou em áreas muito próximas, como a nuca, a mandíbula e os seios da face, a enxaqueca vem acompanhada de intolerância à luz, ao barulho, vômitos e uma sensação de mal-estar generalizado.

Prevenção

Quando o tratamento não impede as pessoas de terem enxaquecas frequentes ou incapacitantes, tomar medicamentos todos os dias para prevenir crises de enxaqueca pode ajudar (veja a tabela Alguns medicamentos usados para tratar enxaquecas). Tomar medicamentos preventivos pode ajudar as pessoas a tomar analgésicos ou outros medicamentos para enxaquecas com menos frequência e, assim, ajudar a evitar a cefaleia por excesso de medicação para cefaleia.

A escolha de um medicamento preventivo é feita com base nas reações adversas que provoca e na presença de outros problemas, como nos exemplos a seguir:

  • Betabloqueadores, como propranolol, são usados com frequência, sobretudo em pessoas com ansiedade ou doença arterial coronariana.
  • O medicamento anticonvulsivante topiramato pode ser administrado a pessoas que estão com sobrepeso, pois ele pode promover a perda de peso.
  • O medicamento anticonvulsivante divalproex pode ajudar a estabilizar o humor, podendo ser útil se as enxaquecas estiverem dificultando o desempenho das funções.
  • A amitriptilina pode ser administrada a pessoas com depressão ou insônia.
  • A toxina onabotulínica A (usada para bloquear a atividade do nervo) ou medicamentos mais recentes (como o divalproex e anticorpos monoclonais) podem ser usados quando outros medicamentos forem ineficazes.

Tratamento

  • Eliminação de desencadeadores
  • Intervenções comportamentais
  • Acupuntura
  • Medicamentos para interromper uma enxaqueca assim que ela começar ou impedir que ela avance.
  • Medicamentos para controlar a dor e a náusea
  • Medicamentos para prevenir a enxaqueca

Enxaquecas não podem ser curadas, mas podem ser controladas.

Médicos incentivam as pessoas a manter um diário das cefaleias. Nele, as pessoas escrevem o número e a distribuição dos ataques, possíveis acionadores (alimentos, clima, odores, luzes) e as suas respostas aos tratamentos. Com essas informações, os desencadeadores podem ser identificados e eliminados sempre que possível. Então, as pessoas podem participar dos tratamentos para evitarem os desencadeadores, e os médicos podem planejar melhor e ajustar o tratamento.

Os médicos também recomendam o uso de intervenções comportamentais (como relaxamento, biofeedback, gerenciamento de estresse) para controlar crises de enxaqueca, especialmente quando o estresse é um desencadeador ou quando as pessoas estão tomando medicamentos demais para controlar as enxaquecas.

A acupuntura pode reduzir a intensidade e a frequência das enxaquecas. Na acupuntura, pontos físicos que redistribuem a energia no corpo são aliadas a respiração profunda, meditação e relaxamento.

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Clínica Salus Asa Norte Ortopedia e Fisioterapia

Criada em 2017 com a proposta de cuidar com profissionalismo de pacientes com dores articulares, musculares e ósseas.