A dorsalgia, mais conhecida como dor na coluna, compõe o amplo espectro dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), sendo a maior causa de incapacidade, problemas socioeconômicos e perda de qualidade de vida em países desenvolvidos, de acordo com estudo publicado pela Revista Brasileira de Saúde Ocupacional (RBSO).
Caracterizada pela dor sentida na região dorsal, a dorsalgia pode ser originada na própria coluna, ou ser reflexo de alterações em outras partes do corpo.
Entre seus sintomas, estão a já citada dor nas costas, constante ou intermitente, com ou sem irradiação para pernas e braços, além de sensações de picada ou queimação.
Fisioterapia como tratamento da dorsalgia
A dorsalgia pode ser aguda, subaguda e crônica de acordo com seu tempo de duração, e é a partir dessa classificação que os fisioterapeutas designam o tipo de tratamento para os pacientes. Confira abaixo:
Dorsalgia aguda
Os pacientes com esse tipo de dorsalgia convivem com os sintomas por menos de 6 semanas, e 60% deles recuperam suas funções em 1 mês.
As principais condutas adotadas por profissionais para esses casos são:
- Educar o paciente sobre o autocuidado;
- Executar modalidades físicas como massagem, tração ou manipulação de acordo com cada caso, além do repouso, com o objetivo de diminuir os sintomas agudos;
- Apresentar posturas seguras e prescrever suportes passivos e órteses se necessário;
- Instruir sobre o desempenho de atividades cotidianas de forma segura.
Dorsalgia subaguda
A dorsalgia subaguda é caracterizada pela duração dos sintomas entre 6 e 12 semanas, e 90% dos pacientes recuperam suas funções em até 3 meses.
O tratamento fisioterapêutico em casos de dorsalgia aguda se repete nos de classificação subaguda e, quando os sintomas estão controlados, o paciente avança para uma nova etapa, com exercícios seguros que combatem a fadiga e auxiliam no fortalecimento. O objetivo é preparar o tecido para atividades funcionais e treinamento de reabilitação.
As condutas adotadas nesses casos são:
- Educar o paciente sobre o autocuidado com o objetivo de diminuir episódios de dor;
- Instruir sobre a consciência e o controle do alinhamento postural;
- Através da mobilização e manipulação articular, inibição muscular e auto-alongamento, aumentar a mobilidade nos músculos, articulações e fáscias retraídos;
- Instruir sobre técnicas para o desenvolvimento do controle neuromuscular, força e resistência à fadiga;
- Através de exercícios aeróbicos, desenvolver resistência pulmonar;
- Praticar movimentos cotidianos como levantar, empurrar, puxar e alcançar objetos com o objetivo de estabilizar a coluna.
Dorsalgia crônica
O tipo de dorsalgia com maior duração de sintomas é a crônica, passando de 12 semanas, além de ter pouquíssima chance de regressão.
Nesse caso, o paciente passa pelo mesmo tratamento fisioterapêutico das classificações aguda e subaguda, além de um treino adicional de reabilitação.
As principais condutas adotadas pelo fisioterapeuta nesses casos são:
- Melhorar o condicionamento e o controle da coluna durante atividades repetitivas e de alta demanda;
- Através da mobilização e manipulação articular, inibição muscular e auto-alongamento, aumentar a mobilidade nos músculos, articulações e fáscias retraídos;
- Através de exercícios de tronco e membros, melhorar a força, a coordenação e a resistência à fadiga;
- Através de exercícios aeróbicos, desenvolver resistência pulmonar;
- Instruir sobre técnicas de alívio de estresse e relaxamento, objetivando a correção da postura;
- Instruir sobre a execução segura de atividades de alta demanda;
- Ensinar exercícios de automanutenção.
Outras opções de tratamentos
Além da fisioterapia, a dorsalgia também pode ser tratada através da reeducação postural global (RPG) e da acupuntura. Clique aqui e conheça mais sobre esses tratamentos.
Fisioterapia em Brasília
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