A dor cervical é complexa. Afinal, ela pode ter inúmeras causas, já que muitos músculos estão inter-relacionados com a região. Alguns dos motivos para o problema podem ser:
Esses são apenas alguns dos motivos que podem levar à cervicalgia, que também pode estar ligada a doenças crônicas, como é o caso da artrite. Descobrir o que está levando o paciente a esse quadro necessita de uma avaliação minuciosa do profissional.
Durante a anamnese é essencial fazer algumas questões básicas que identifiquem:
O profissional ainda deverá avaliar possíveis sintomas de doenças neurológicas, como ataxias, vertigem paroxística e até déficits visuais, como a miopia. Se esses sintomas estiverem presentes, é possível que a cervicalgia tenha uma causa que não esteja relacionada à questão músculo-esquelética.
E, claro, não se esqueça de revisar o histórico do paciente, analisando a presença de doenças reumatológicas, quadros de ansiedade ou até um trauma cervical.
O exame físico, por meio da palpação da coluna cervical e da musculatura, também é muito importante; indo além dos trigger points e realizando, por exemplo, uma verificação do tônus muscular e do trofismo muscular, além de outros músculos que podem ter relação com a área cervical.
Como a cervicalgia é um problema amplo, podem estar presentes diversos tipos de sintomas, como:
Antes de qualquer tratamento, é sempre fundamental fazer uma análise completa do quadro do paciente, já que a cervicalgia pode ter inúmeras causas. Contudo, na maioria dos casos, o tratamento deverá ser de médio a longo prazo. Veja alguns tratamentos possíveis.
É muito indicada para a fase aguda, buscando aliviar a dor e melhorar o ganho de flexibilidade. O TENS pode ser usado tanto na musculatura diretamente relacionada à cervical, como em outras que podem ter relação com o problema, como a musculatura da ATM.
Lembrando, contudo, que nenhum tratamento deverá apenas utilizar esses equipamentos, já que eles servem apenas como um analgésico e relaxante muscular, mas não tratam a causa do problema.
São indicadas para aqueles pacientes que já não apresentam uma intensidade muito grande de dor. As técnicas que podem ser usadas são diversas como Maitland, Thrust, manipulação articular, mobilização articular, mobilização neural, entre outras.
Alguns dos benefícios do uso das terapias manuais são: alívio da dor, ganho de amplitude de movimento, restauração da biomecânica articular, entre outros.
Costuma ser a prática central de qualquer tratamento fisioterapêutico para as dores na região do pescoço, principalmente, para aquelas causadas por disfunções musculoesqueléticas.
Os exercícios terapêuticos podem ser baseados em alongamentos, visando aumentar a flexibilidade da região, e também outros tipos de atividades que ajudem o paciente a restaurar e manter a força muscular, aumentar a resistência à fadiga e melhorar a mobilidade, o relaxamento e a coordenação motora.
Um estudo realizado em parceria entre a Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação e a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia mostrou que a acupuntura aplicada durante 30 minutos, em 5 sessões por 3 semanas, ajuda a reduzir a dor relacionada ao movimento cervical até 1 semana depois do término das aplicações.
Para isso, é necessária a aplicação nos pontos: SI14, GB20, SI3, UB10, UB20, LV3, GB34 e TE5, e a associação a pontos de acupuntura auricular. O estudo também mostrou que a associação da acupuntura com o tratamento usual é superior ao tratamento usual isolado e com efeito de duração de até 3 meses.
A acupuntura pode ser clássica ou associada à eletroacupuntura e acupressura auricular.
Além dos tratamentos na clínica de fisioterapia, é importante que o paciente compreenda que a cervicalgia, muitas vezes, depende de uma mudança de hábitos. Assim, o profissional poderá orientá-lo a:
Além desses, ainda existem outros tratamentos que podem ser usados dependendo do tipo de cervicalgia, como massagens com liberação miofascial nos pontos dolorosos, exercícios de fortalecimento muscular cervical e de resistência muscular, termoterapia, ultrassom para reduzir os problemas inflamatórios, entre outros protocolos.
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