A tendinopatia patelar é uma lesão que ocorre no tecido localizado entre os ossos da patela e da tíbia. Essa condição afeta, sobretudo, praticantes de atividades físicas que exigem saltos frequentes, movimentos de aceleração e desaceleração súbitos, tal como jogadores de vôlei, basquete, tênis, squash e atletas de salto à distância. A prática esportiva contribui para esse tipo de lesão, também conhecida como joelho do saltador.
O paciente com essa patologia é acometido por uma lesão que incide no ligamento patelar, responsável pelo movimento de extensão do joelho. A tendinopatia patelar pode se manifestar nos mais variados tipos de afecções como rompimentos, inflamações e lesões.
Com o excesso de saltos, o tendão patelar tende a ser sobrecarregado. Por sua vez, o tecido que reveste a região passa a apresentar uma série de microlesões que podem incapacitar o atleta em um período de médio prazo.
No Brasil, as queixas por causa desse tipo de problema beiram os 150 mil casos anuais. A reabilitação com exercícios associado ao tratamento por ondas de choque são os tratamentos conservadores mais indicados para a tendinopatia patelar. Ambos agem para amenizar o quadro sintomático de dor no joelho e rigidez na articulação.
Quais as causas?
As causas do joelho do saltador podem variar para cada indivíduo. São levados em consideração fatores do próprio organismo do paciente, além dos provocados por fatores externos.
No primeiro caso, alguns motivos para o surgimento da lesão estão relacionados com sobrepeso, mal alinhamento patelar, anatomia inadequada da região, falta de flexibilidade, etc.
Já os fatores externos associados com as causas da tendinopatia patelar são bem amplos. Comumente são decorrentes de atividade física que inclui saltos. Esse esforço causa uma sobrecarga no ligamento patelar.
Além de esportistas profissionais, o joelho do saltador pode ter origem relacionada a condições ambientais, uso de calçados inadequados, quedas, acidentes e pancadas em geral.
Sintomas
A sintomatologia mais comum é a dor no joelho. Esse desconforto tende a se intensificar gradualmente. No início o incômodo é bem discreto, pois passa a ser sentido depois de um determinado esforço da articulação. Com a progressão da patologia, o joelho passa a ficar mais dolorido, independentemente do movimento exercido pelo paciente.
O desconforto pode piorar durante a noite, causando uma má qualidade do sono. A dor no joelho provocada pela tendinopatia patelar, em estágio mais avançado, poderá se manifestar durante subidas e descidas em escadas, ou quando o paciente estiver com articulação flexionada por bastante tempo.
Além do mais, quando o local for apalpado, o indivíduo poderá apresentar dor leve, moderada ou intensa. Inclusive esse é um meio preciso de identificação de gravidade do problema. Edemas e rigidez no joelho também são problemas usuais relacionados a doença.
Diagnóstico
A tendinopatia patelar pode ser diagnosticada por meio de um exame clínico, realizado no próprio consultório médico, bem como por exames de imagem. No ultrassom é possível constar possíveis alterações e irregularidades no tendão patelar. A ressonância magnética oferece mais precisão para o diagnóstico da doença, já que garante uma melhor visualização de toda estrutura patelar.
Por fim, o squat test, que é um teste funcional, contribui para a identificação do problema. Nele o paciente é submetido à inclinação da perna em agachamento. Assim será possível apontar prováveis alterações na região do ligamento patelar.
Tratamento
A lesão, se não tratada a tempo, poderá evoluir para um quadro mais grave. O atleta acometido, inclusive, poderá ter seus movimentos afetados em longo prazo. Por isso a rapidez na identificação e na reabilitação é essencial.
O principal foco do tratamento é diminuir a dor, além de retomar as funções normais do joelho. O tratamento por ondas de choque tem indicação clássica nas tendinopatias, principalmente nas patelares, pois auxilia no processo de cicatrização e regeneração do tecido lesionado.
A recuperação por meio de exercícios e alongamento para reabilitação também contribui para o fortalecimento da região patelar, por isso é indispensável, principalmente para atletas de alto rendimento, agregar as ondas de choque com os exercícios específicos.
A aplicação de gelo sobre o local também contribui para o progresso do tratamento, bem como a administração de analgésicos e anti-inflamatórios se for o caso.
Procedimentos cirúrgicos são bem raros nesses casos. Eles só são indicados depois de seis meses do início do tratamento e se não houver melhora no quadro clínico do paciente.
Tratamento em Brasília / DF
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