Há várias formas de aplicar o tratamento pelo calor em um paciente. Durante o processo, são produzidos efeitos variados, de acordo com a forma de uso. Basicamente, existem duas modalidades:

Superficial

É feito sobre a camada superficial da pele, geralmente com a utilização de mantas térmicas para aplicar o calor sobre uma área específica do corpo. As regiões tratadas costumam ficar a 40ºC e são mantidas a essa temperatura por uma conexão elétrica.

Profunda

Trata-se de um tratamento aplicado às camadas mais internas da pele, aos músculos ou mesmo aos tendões. É utilizada radiofrequência, que aquece os tecidos internos e os mantém a uma temperatura de, aproximadamente, 40º C por 15 minutos.

Os benefícios buscados podem variar bastante. Os mais comuns são:

  • maior vascularização da área;
  • melhoria do sistema imunológico;
  • efeito analgésico;
  • facilidade de entrada de ativos na pele;
  • diluição do muco no sistema respiratório.
Termoterapia

Quando ela é recomendada?

Considerando os efeitos listados, a termoterapia pode ter várias indicações, que mudam de acordo com a área aplicada. Alguns casos comuns são:

Inflamações crônicas

Se o paciente apresenta pequenas inflamações frequentes em uma região do corpo, o tratamento pode ajudar a vascularizá-la, reduzindo a inflamação.

Dores musculares crônicas

Pessoas com problemas de torção ou que realizam exercícios físicos intensos são mais propensas a dores musculares. O uso do calor ajuda a relaxar os músculos, o que quebra o ciclo de dor.

Procedimento auxiliar de pele

Muitos medicamentos e princípios ativos precisam ser absorvidos pelos poros, mas esse processo pode ser lento e até incompleto. Porém, com a aplicação do calor, os poros abrem e facilitam a absorção.

Eliminação de toxinas pelo suor

A sudorese é uma forma de limpar a pele. Em uma sauna, por exemplo, o objetivo é promover a abertura dos poros e facilitar a limpeza por meio do suor. O mesmo princípio é aplicado nesse tratamento.

Em quais casos é contraindicada?

Assim como ocorre com qualquer outro procedimento, a termoterapia não é recomendada para todas as pessoas, pois há muitas condições que podem ser agravadas pelo calor intenso. Por isso, deve-se evitar aplicá-la nos casos abaixo.

Pele com perda de sensibilidade

A aplicação de calor sobre a pele, especialmente por períodos prolongados, sempre exige cuidado. A exposição por um tempo maior do que o previsto ou sobre uma região mais vulnerável pode causar danos ao corpo.

Se a área de aplicação não é sensível, seja por anestesia ou algum outro problema, o paciente pode não perceber que o calor está machucando.

Áreas com tumor

Como você já deve saber, tumores são tecidos que crescem sem controle, consumindo recursos e pressionando outros órgãos. Ao aplicar mais calor sobre eles, pode ser que se expandam, pois a vascularização aumenta o tamanho e permite a passagem de mais recursos pelo sangue.

Pacientes com problemas de anticoagulação

Pessoas hemofílicas ou com outras deficiências que dificultem a coagulação do sangue devem evitar se tratar dessa forma. A alta temperatura aumenta a vascularização, o que pode tornar pequenos cortes ainda mais problemáticos para esses indivíduos.

Que equipamentos são usados na termoterapia?

Para aplicar esse tratamento da forma correta, é necessário ter à mão os equipamentos básicos. Você pode escolher apenas um deles para tratar seus pacientes, mas o ideal é conhecer as opções disponíveis (inclusive as contraindicadas).

Veja, a seguir, as 4 ferramentas mais usadas.

Mantas térmicas

Trata-se de panos úmidos aquecidos por uma corrente elétrica ou preaquecidos em água. Eles ajudam a manter a pele na temperatura correta para o procedimento, sendo a forma mais prática de aplicar um tratamento local. Isso vale especialmente para casos emergenciais, como câimbras repentinas e após exercícios intensos.

Infravermelho

Em alguns casos, para aumentar a precisão, é possível utilizar a radiação infravermelha a fim de aquecer a pele. Esse tipo de radiação não tem muito alcance, então só atinge as camadas mais superficiais. Tal opção é indicada para tratamentos na face, em que é mais difícil aplicar as mantas.

Micro-ondas

Para um tratamento do tipo profundo, é necessário usar outras ferramentas mais elaboradas. Uma delas é a aplicação de raios de micro-ondas, similares aos usados no forno elétrico.

Tais raios podem atravessar as primeiras camadas da pele e chegar a 7 centímetros de profundidade nos tecidos. Tais características permitem tratar os músculos, por exemplo.

Ultrassom

O ultrassom pode cumprir um papel semelhante ao das micro-ondas, pois cria vibrações capazes de se dissiparem na forma de calor no interior da pele. O efeito é quase o mesmo. Então, a escolha da ferramenta deve considerar a facilidade de acesso em seu ambiente de trabalho.

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