A fisioterapia oncológica pode ser indicada tanto para evitar os desconfortos trazidos pelos tratamentos quanto para impedir a progressão da doença. Ela é útil, ainda, na melhora da qualidade de vida dessas pessoas, estimulando a independência funcional.
Isso acontece porque muitos pacientes com câncer acabam desenvolvendo outros problemas devido à doença. Dificuldades de mobilidade, retirada de órgãos e complicações respiratórias, por exemplo, são capazes de impactar diretamente no ganho de qualidade de vida.
Dessa maneira, é fundamental que o fisioterapeuta esteja preparado para realizar atendimentos em todos os ciclos da vida. Ele lidará com pacientes infantis, adolescentes, adultos e idosos, além de pessoas em situações de cura e com diagnósticos irreversíveis, integrando equipes de cuidados paliativos.
Quando bem orientada, a fisioterapia oncológica pode auxiliar nos processos de recuperação pós-cirurgia de câncer, preservar determinadas funções antes ou depois de tratamentos mais agressivos e auxiliar no enfrentamento da doença. Assim, é possível reduzir desconfortos e até lidar melhor com a evolução do quadro, evitando complicações.
Como você pode notar, a fisioterapia oncológica é de extrema importância, ajudando vários pacientes a enfrentar um momento delicado com mais autonomia e menos complicações. Abaixo, veja 5 orientações, recomendações e dicas importantes sobre a atuação do profissional.
Um plano de fisioterapia oncológica pode ter vários objetivos. Tudo dependerá das condições do paciente, do tipo de câncer, dos tratamentos aos quais ele está se submetendo e assim por diante.
Dessa forma, é imprescindível que o fisioterapeuta realize uma anamnese completa e compreenda muito bem a situação, analisando todas as estruturas que podem estar envolvidas com a doença em questão. Alguns dos objetivos são:
Para cada um desses pontos, o profissional pode traçar um plano específico de atendimento, mesclando várias formas de atuação.
A fisioterapia para pacientes com câncer é um assunto bastante amplo e que trabalha com diversas estruturas e objetivos. Por isso, são muitas as técnicas que podem ser empregadas. Veja, a seguir, quais são as mais usuais.
Também conhecida como TFC (Terapia Física Complexa) ou CPT (Complex Physical Therapy), essa é uma das técnicas mais empregadas no caso de pacientes com linfedema dos membros. Geralmente, a linfoterapia envolve:
A eletroterapia no caso de pacientes com câncer necessita de cuidados extras, já que nem todos podem realizar esse tipo de tratamento. Normalmente, o TENS é o aparelho mais empregado com a função de analgesia.
Alguns dos exercícios mais usados são:
Reduzir as dores e os desconfortos costuma ser um dos objetivos usuais da fisioterapia oncológica. E, para tanto, o profissional pode lançar mão de vários recursos e técnicas, como: cinesioterapia, termoterapia, crioterapia, TENS e massoterapia.
Além disso, o fisioterapeuta está apto a orientar o paciente e os familiares sobre como realizar atividades diárias ou até modificar seus hábitos para, assim, reduzir as dores e aumentar o sucesso da terapêutica.
É empregada principalmente para mobilizar as articulações, evitando aderências cicatriciais, retrações musculares ou articulares e outros problemas. Quando bem empregada, é capaz de reduzir dores, melhorar funções e restaurar a mecânica articular. O fisioterapeuta pode empregar técnicas de manipulação dos tecidos moles, mobilização e alongamentos.
Os exercícios (principalmente os de alongamento) devem ser iniciados o mais precocemente possível. Isso evita que o paciente desenvolva problemas como perda de força muscular e até restrições de movimentos.
Infelizmente, o câncer também pode atingir as crianças — e é importante que o profissional pense em estratégias diferenciadas para esses pacientes. É preciso buscar a ludicidade e a criação de um vínculo com os pequenos, melhorando a participação deles no tratamento.
Além disso, o câncer infantil costuma ser diferente do de adultos. Nessa faixa etária, são mais comuns a leucemia, os tumores embrionários e os sarcomas.
A atuação do fisioterapeuta busca, entre outros objetivos, melhorar a questão pulmonar, promover o fortalecimento muscular, manter a amplitude dos movimentos e prevenir lesões cutâneas. Busca-se, ainda, minimizar as dores que podem ser causadas tanto pela neurotoxicidade dos tratamentos quanto pela própria progressão da doença.
É fundamental que o fisioterapeuta seja acionado assim que houver o diagnóstico de câncer. Isso porque muitas intervenções têm chances mais altas de sucesso quando iniciadas precocemente.
Ele também encaminha os pacientes para outros profissionais quando necessário. Nos casos cirúrgicos, o tratamento deve ser feito antes e depois do procedimento, promovendo uma recuperação completa e evitando sequelas importantes.
Para pacientes com câncer de mama, por exemplo, a retirada dos gânglios linfáticos da axila pode levar a dificuldades de movimentação no braço. Para evitar que isso aconteça, o fisioterapeuta deve orientar a pessoa sobre os cuidados a serem tomados após a cirurgia e os exercícios que devem ser realizados.
No caso do câncer de pulmão, a fisioterapia pré-cirurgia pode ajudar a melhorar a função respiratória geral. Assim, os riscos de complicações respiratórias após o procedimento no tórax são minimizados, ao passo que a recuperação desse paciente é acelerada.
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