Amputação é a remoção da parte do corpo que sofreu um dano irreparável em uma altura na qual já existe tecido saudável. Esse tipo de procedimento pode ser muito importante para a sobrevivência do indivíduo ou uma melhora na qualidade de vida em diversas situações potencialmente graves de saúde.

Tal ação é necessária quando não existir expectativa de cura de um segmento enfermo no organismo, o que pode colocar em risco a estabilidade do paciente. As causas são diversas e incluem:

  • complicações circulatórias;
  • infecções;
  • traumas;
  • tumores;
  • más-formações congênitas dos membros.

Em vários casos, a necessidade de amputação pode ser informada com alguma antecedência, ajudando a preparar o psicológico da pessoa. Há, porém, outras situações nas quais essa retirada se faz necessária de maneira súbita e totalmente inesperada, como em decorrência de ferimentos severos após acidentes.

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O que o nível de amputação significa?

Outro ponto crucial para quem deseja aprender como trabalhar a reabilitação de amputados é a compreensão do significado de nível de amputação. Ele diz respeito ao local em que a parte do corpo em questão será seccionada, tendo forte relação com o prognóstico e a qualidade de vida do paciente, além da elaboração da prótese.

É o médico quem determina a altura antes da operação, com base em exames de imagem que indicam a viabilidade do tecido, a presença de vasos calibrosos e, obviamente, o motivo da amputação. No caso de uma intervenção planejada, um técnico ortopédico é consultado para determinar o que é mais favorável para a protetização.

Como as próteses estão evoluindo?

A evolução das próteses é notável: esse tipo de material vem sendo aprimorado e apresentando avanços notáveis nos últimos anos. Um passo crucial para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes por meio do uso de tais itens foi a desvinculação da criação deles, com o intuito primordial de repor a imagem cosmética do membro perdido.

Uma vez que a prioridade passou a ser a reposição funcional, a história do desenvolvimento desses aparelhos deu um salto. Atualmente, as próteses são parte essencial do tratamento de reabilitação — que envolve uma conduta holística cujo foco não é imitar a parte amputada, mas sim o de recuperar a função em sua plenitude.

Por que a fisioterapia é importante nesse processo?

Não é difícil perceber, portanto, que a fisioterapia tem um papel fundamental ao longo de todo esse processo. A prática contribui não apenas para que as cirurgias sejam mais bem sucedidas, mas também na preparação e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes de uma maneira geral.

A seguir, confira quais são as modalidades adotadas e compreenda melhor o papel da fisioterapia.

Fisioterapia pré-amputação

Muita gente não sabe disso, mas a fisioterapia tem um papel crucial até mesmo antes de diversos procedimentos cirúrgicos, sendo que as amputações estão entre os quadros que mais podem se beneficiar com a atuação de um profissional fisioterapeuta. Quando a operação é programada, fica mais simples contribuir para o sucesso do resultado final.

Primeiramente, os médicos explicarão ao paciente o que acontecerá durante a cirurgia e trarão detalhes sobre o período subsequente. Também é nesse momento que o indivíduo tem a oportunidade de perguntar sobre tudo o que julgar importante e de solucionar suas dúvidas ou seus anseios.

Em uma secção de membros inferiores, por exemplo, os pacientes podem realizar exercícios de fortalecimento dos braços para que, assim, sustentem melhor o peso do corpo ao usarem muletas. Também é possível fortalecer o membro contralateral e outras estruturas que ficarão preservadas após a intervenção.

Fisioterapia na fase aguda

A fisioterapia na fase aguda da cirurgia também é crucial para o sucesso da operação. O profissional fisioterapeuta atuará de maneira consonante com o resto da equipe de saúde, que pode (e deve) incluir não apenas o médico cirurgião, mas também enfermeiros, nutricionistas e psicólogos, entre outros.

Nessa fase, será adotada a técnica adequada de enfaixamento com faixa elástica, que tem como intuito manter o coto mais arredondado, na forma apropriada para receber o encaixe da futura prótese. É também nesse período que a cicatriz deve ser mantida sem aderências — e isso é possível por meio de massagens específicas.

Fisioterapia pós-amputação

A fisioterapia pós-amputação compreende o período mais extenso de tratamento e pode se estender por épocas muito longas, pois vai trazendo benefícios progressivos para o paciente e sua qualidade de vida. Muitos dos exercícios propostos anteriormente são mantidos ou reforçados, como o fortalecimento muscular dos braços.

Também é feito o reforço da perna preservada, de forma que ela consiga sustentar o corpo com mais facilidade e sem o surgimento de lesões. Além disso, o coto do membro amputado é fortemente trabalhado, visando à adequação e à adaptação ao uso da prótese.

São realizados treinos específicos de marcha, de equilíbrio e de coordenação (esse último com e sem o uso de muletas para a locomoção, dependendo da utilização). Nessa fase, o que se busca é preparar o indivíduo para andar sozinho com mais autonomia, equilíbrio e coordenação.

O momento da amputação é bastante delicado para qualquer pessoa. Enfrentar tal tipo de situação com a ajuda de profissionais de qualidade, sobretudo com o auxílio de um fisioterapeuta de confiança, pode ser extremamente importante para aumentar as chances de sucesso absoluto do procedimento.

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