A terapia farmacológica no tratamento da fibromialgia é utilizada para pacientes refratários às medidas não-farmacológicas.

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Para modulação da dor:

  • Ciclobenzaprina 5 a 10 mg à noite usualmente, podendo aumentar conforme tolerância até 40 mg/dia (10mg pela manhã e 30mg à noite), doses altas podem provocar muita sedação;
  • Amitriptilina 12,5 a 50 mg à noite;
  • Fluoxetina 40 a 80 mg, pela manhã;
  • Fluoxetina 20 mg pela manhã associado à Amitriptilina 25 mg à noite;
  • Gabapentina 100 mg à noite, aumentar conforme tolerância até 1200 a 2400 mg por dia (doses usuais são menores);
  • Duloxetina 30 a 60 mg, pela manhã (preferir se sintomas depressivos predominantes);
  • Pregabalina 75 mg à noite, com aumento gradual, doses usuais entre 150 e 300 mg/dia, podendo aumentar até 225 mg, de 12 em 12 horas, (preferir se distúrbios do sono predominantes ou uso concomitante de antidepressivos);
  • Duloxetina 30 a 60 mg pela manhã associado à Pregabalina 75 mg à noite, podendo aumentar a dose até 450 mg/dia.

Para analgesia:

  • Paracetamol 1 g, de 8 em 8 horas;
  • Tramadol 50 a 100 mg, de 6 em 6 horas, máximo 400 mg/dia (reduzir doses se insuficiência hepática ou renal).

Para distúrbios do sono:

  • Se não houver melhora com Ciclobenzaprina, Amitriptilina ou Pregabalina, é possível associar Zolpidem 5 a 10 mg à noite.

Não há evidência para uso de corticoides, anti-inflamatórios, codeína e benzodiazepínicos no tratamento da fibromialgia e, portanto, esses medicamentos não devem ser utilizados.

O tratamento ideal inclui abordagem multidisciplinar não-farmacológica e farmacológica. O manejo pode ser realizado na APS. O manejo não-farmacológico é fundamental e deve ser reforçado durante as consultas. Dentre as intervenções com benefícios comprovados estão:

  1. Educação: é de fundamental importância que o paciente entenda a doença e sua responsabilidade para o sucesso terapêutico. Orientações sobre o diagnóstico, curso da doença, plano terapêutico, controle da dor e programas de autocontrole devem ser fornecidas. Ressaltar que trata-se de uma doença real, porém é importante tranquilizar quanto ao caráter benigno da doença.
  2. Sono: orientações de higiene do sono; informações sobre efeitos deletérios de sono não restaurador sobre a dor; abordagem farmacológica quando necessário.
  3. Exercícios: têm importância fundamental no tratamento. Devem ser fortemente encorajados. Explicar ao paciente que a dor pode ser exacerbada temporariamente ao iniciar um exercício. Atividades aeróbicas de baixo impacto (caminhada, bicicleta, natação, hidroginástica) ou de fortalecimento melhoram a dor, a funcionalidade e o sono. O incremento deve ser lento, atingindo o ponto de resistência leve, não o ponto de dor, reduzindo, dessa forma, a dor induzida pelo exercício.
  4. Terapia: terapia cognitivo comportamental e outras formas de psicoterapia.
  5. Alimentação na fibromialgia >

Criada em 2017 com a proposta de cuidar com profissionalismo de pacientes com dores articulares, musculares e ósseas.