A síndrome do manguito rotador é muito comum, consitui da ruptura de um ou mais tendões e pode ser causada por fatores extrínsecos como intrínsecos, é constituído por quatro músculos: Supraespinhal, infraespinhal, subescapular e redondo menor. Sua principal função é auxiliar na movimentação glenoumeral, em cadáveres observou-se que a incidência de lesão do manguito rotador é de aproximadamente 30 %, e com o passar da idade essa lesão se torna mais comum, pois um tendão degenerado tem maiores chances de se romper que um tendão saudável. O tendão supraespinhal apresenta-se com uma zona crítica de vascularização, em sua região periinsercional, a qual essa hipoperfusão é causada por veias anastomóticas originadas da tuberosidade maior, que não só deixa esse tendão mais frágil para se romper, como mais difícil de se reparar.

Um estudo recente sugere que a própria bursa subacromial atua como membrana pró inflamatória local, sendo responsável pelo ombro doloroso. O formato do acrômio pode ser um fator extrínseco causal, sendo o tipo mais comum e causador de dor, o tipo ganchoso (40 % dos casos).

Diagnóstico da síndrome do manguito rotador

O diagnóstico pode ser realizado pela suspeita clínica e pelo exame físico pelos testes de Jobe, Patte e Gerber.

O teste de Jobe indica alteração no músculo supraespinhal, o qual é testado pela elevação ativa do membro superior, no plano da escápula, em extensão e rotação interna, para sensibilizar a tensão exercida no supraespinhal, essa elevação é feita contra resistência a resposta é acompanhada de dor na face ântero-lateral do ombro, acompanhada de paresia.

O teste de Patte avalia o tendão infraespinhal e é feito com o membro superior posicionado em abdução de 90 graus e com o cotovelo em 90 graus de flexão, o paciente deve forçar a rotação externa contra a resistência oposta pelo examina dor e paresia são sintomas que podem ser apresentados nesse teste.

O teste de Gerber testa o subescapular, o paciente coloca a mão na região lombar e procura ativamente afastá-la das costas, rodando internamente o braço, a incapacidade de fazê-lo, indica lesão do subescapular, é interessante salientar que o primeiro tempo do teste costitui o exame “mão – costas” e já serve para avaliar a limitação de rotação interna.

Outro fator a salientar é que caso o paciente não consiga realizar a elevação ativa do membro superior, pode realizar o drop arm test, o qual o membro é posicionado em rotação externa e a sua queda passivamente, indica lesão grave do infraesespinhal e redondo menor, ou se o paciente tiver o teste de Patte + e o drop arm -, indica que existe ainda algum rotador externo fazendo a movimentação, no caso o redondo menor.

Tratamento da síndrome do manguito rotador

O tratamento cirúrgico é indicado quando há falha no tratamento conservador, lesões traumáticas principalmente em pacientes jovens ou em paciente com lesões degenerativas acima de 40 anos, que não responderam à fisioterapia e analgesia.

Referência: https://drmarciosilveira.com/tratamento-ruptura-manguito-rotador/